quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Escrever na areia é coisa de quem armazena o pensamento em grãos, ela sabia. Em imprecisas horas, a saliva de Deus faz espuma. Ela, solfeja. Na beira, um pensamento desvairado é quase mar. Deus livra. Folheia dois tempos. Rasga dois passos. E ela orvalha. Pela manhã, Deus come areia e alucina. Ela sorri. Puxa o livro, mergulha e lê: escreves.
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Cecília Braga